quinta-feira, 10 de abril de 2014

Alguns pesos extras!

De todos os prêmios possíveis fui eu quem ficou com o troféu. Pergunto com grande frequência se era merecedora do prêmio... Creio que nunca fui. Mas não por ser menor ou inferior a ele. Sempre me questionei se queria de fato ter a responsabilidade de cuidar dele. Afinal, para mantê-lo sempre belo é necessário cuidar, lustrar e guardar bem. Além disso, ocupa um grande espaço na minha casa, na minha vida e me trás limitações. Não é tão fácil de me locomover com ele e já que é de minha responsabilidade tenho que mantê-lo sempre por perto. Além do mais, tem uma série de coisinhas pequenas que vieram juntos ao troféu, bens de grande valor dos quais também não há possibilidade de me desfazer; não se mantiver o troféu comigo. E é isso que tem pesado tanto e me feito querer rever se vale a pena carregar o prêmio. Vejamos... Se não reivindiquei prêmio algum, poderia simplesmente abrir mão! Mas aí é que começa a ficar tudo complicado... Já dediquei muito tempo de minha vida em função do prêmio e quando há dedicação há envolvimento... Envolvimento esse que trás (além de todo o resto) apego. Vejo-me agarrada a um troféu que sequer possuo, e por não possuí-lo me desgasto e me adoeço. Então me vem à questão crucial: “De quais pesos é necessário se desfazer para continuar a caminhada?”.

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