terça-feira, 22 de outubro de 2013



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Tinha bebido o bastante para não sentir se culpada, notou quando errou a boca da garrafa. Quando o fitou com timidez aguçada. Da vontade que sentia, todas as vezes que notava a sobrancelha dele levantada, o significado de alguma palavra. E não disse a ele que estava cansada. Ou quantas vezes o choro a arrebatou naqueles dias. Ou quantas vezes sentiu um peso no peito, por causa da dor. (aquela dor) De como não sabia até quando iria com a conclusão de amor sofrido e dissimulado que vivia das migalhas do amor que um dia lhe foi declarado. Optou pela ebriedade que o vinho amargo trazia. Dos ouvidos atenciosos que a ela ouviam. Era uma noite de outubro que até o céu estrelado se rendia. A evocação ao amor que a noite possuía. Pessoas carentes se divertiam ali...

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