sábado, 27 de agosto de 2011

Na primeira manhã que te perdi...


             Na primeira manhã que te perdi... 
Acordei mais cansada que sozinha ,como um conde falando aos passarinhos, e gemi como geme o arvoredo, como a brisa descendo das colinas. 
Como quem perde o rumo e desatina.
                                 Como um boi no meio da multidã...
                       Na segunda manhã que te perdi ... 
Era tarde demais pra ser sozinha. Eu cruzei ruas, estradas e caminhos, como um carro correndo em contramão... 
Pelo canto da boca, um sussurro. Fiz um canto demente, absurdo. O lamento noturno dos viúvos... Como um gato gemendo no porão...

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